Dois dos métodos mais comuns usados para aumentar rapidamente a matéria orgânica do solo e melhorar a biologia do solo são a adição de composto ou de substâncias húmicas.
Há prós e contras em cada um deles.
O composto criado na fazenda ou próximo a ela a partir de materiais de origem local e usando microorganismos locais para o processo de compostagem é sempre a melhor abordagem, quando possível e prático.
No entanto, embora o composto caseiro seja rico em material orgânico, é trabalhoso e requer quantidades muito grandes (até 5 toneladas/acre).
Uma vantagem é que os microrganismos responsáveis pela compostagem do material de origem podem viajar junto com o composto para o campo.
Se o composto for comprado em vez de ser produzido na fazenda, pode ser difícil saber exatamente o que
foi usado na sua produção.
Se os adubos foram incorporados, pode haver sementes de ervas daninhas não digeridas e bactérias nocivas presentes.
As aparas de grama podem conter herbicidas.
O conteúdo de carbono e nutrientes varia bastante, dependendo da fonte dos materiais compostados.
O composto é volumoso e pode ser difícil de transportar e aplicar – e só pode ser aplicado durante os períodos em que as culturas não estão crescendo no campo.
Depois de aplicado, pode levar mais anos para se decompor antes de ser totalmente adicionado ao húmus do solo.
A um custo médio de US$ 60/tonelada, a aplicação pode custar cerca de US$ 300/acre (antes das taxas de transporte, se houver).
As substâncias húmicas, por outro lado (tecnicamente, ácidos húmicos e fúlvicos), devem ser extraídas e compradas.
Como um resíduo de matéria vegetal e animal que foi criado ao longo de milhões de anos (a partir do calor e da pressão, muito parecido com o carvão), as substâncias húmicas contêm grandes quantidades de carbono e nutrientes e serão adicionadas diretamente ao húmus do solo.
As versões líquidas podem ser aplicadas a qualquer momento durante a safra, e o material líquido ou seco será relativamente estéril em termos de trazer microorganismos adicionais.
As pesquisas têm demonstrado consistentemente que os húmicos melhoram a massa e o crescimento das raízes, aumentam a disponibilidade e a absorção de nutrientes e contribuem para o aumento da produtividade e da qualidade das culturas.
Embora sejam mais caros do que o composto (US$ 500/tonelada), são necessárias quantidades muito menores por acre (150-200 lb/acre), o que resulta em um custo muito menor por aplicação, de cerca de US$ 50/acre.
Aqui está uma visão geral comparativa:
Níveis de húmus do solo
Ácidos húmicos: adição significativa e duradoura de carbono, aumentando diretamente os níveis de húmus.
As substâncias húmicas mineradas têm de %–70% a 70 ácidos húmicos/fulvicos.
Composto: Decompõe-se rapidamente, deixando os minerais para trás, mas liberando carbono na atmosfera como CO2.
O composto de boa qualidade tem cerca de 5% de ácidos húmicos e fúlvicos.
Nutrientes
Ácidos húmicos: ajudarão os nutrientes existentes a se tornarem móveis no solo.
Aumenta a disponibilidade de P. Estabiliza o N. Atua como um agente complexante quelato para N e P.
Composto: Efeito mínimo sobre os nutrientes existentes no solo.
Você pode adicionar cerca de 1,5 lb de N, 1 lb de P e 1 lb de K por tonelada de composto.
Níveis inconsistentes de nutrientes (dependendo do material de origem).
Sem efeitos quelantes.
Biologia do solo
Ácidos húmicos: melhoram a diversidade microbiana.
Estimulam os micróbios benéficos.
Não contém vida microbiana.
Composto: Pode trazer novos microorganismos/pragas/patógenos/sementes não digeridas para o solo.
Saúde do solo
Ácidos húmicos: Melhora rapidamente a estrutura do solo.
Desintoxica os solos.
Protege os solos dos efeitos de metais pesados.
Composto: Melhora lentamente a estrutura do solo.
Não tem efeito de desintoxicação.
Não tem efeito tampão (pode adicionar metais pesados).
Consistência
Ácidos húmicos: fonte de carbono altamente consistente e estável.
Composto: Não é consistente – depende do material de origem (pode conter níveis variados de carbono, nutrientes, sementes de ervas daninhas e bactérias).
pH, CEC, níveis de sal
Ácidos húmicos: Neutralizam o pH. Aumenta a CEC (a média é de 800 a 1.200; 10 a 20 vezes mais que o composto).
Amortece o sal.
Composto: Pode aumentar ou diminuir o pH. Aumenta minimamente a CEC.
Pode adicionar sal.
Atividade bioestimulante
Ácidos húmicos: efeito bioestimulante concentrado.
Composto: Efeito bioestimulante diluído e altamente variável.
Capacidade de retenção de água
Ácidos húmicos: Capacidade duradoura e alta de retenção de água.
Retém até 7 vezes o peso da água.
Composto: A capacidade de retenção de água é alta, mas diminui com o tempo.
Saúde e segurança
Ácidos húmicos: Não há preocupações com saúde ou segurança.
Composto: Pode conter bactérias prejudiciais, causando doenças nas plantas ou no solo.
Pode conter herbicidas ou pesticidas.
Aplicativo
Ácidos húmicos: As versões líquidas podem ser aplicadas em qualquer momento da safra.
Composto: Volumoso para transportar e aplicar.
Só pode ser aplicado quando não houver plantas no campo.
Custo do aplicativo
Ácidos húmicos: 200 lb/ac @ US$ 500/ton = US$ 50/ac (é necessário menos se forem usadas versões líquidas, o que pode alterar os custos).
Composto: 5 toneladas/ac (ou mais) a US$ 60/tonelada = US$ 300/ac (ou mais).
A entrega pode ter um custo adicional por milha.
Para fazer o download do Guia de comparação entre ácidos húmicos e aduboclique aqui.
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